A figura vem da pesquisa chinesa usando um método não usado anteriormente para estudar a percepção de segurança do veículo autônomo - uma "abordagem de preferência expressa".

"Os resultados mostraram que o público não aceitará esta nova tecnologia, a menos que se mostre mais segura, cerca de quatro a cinco vezes mais segura do que veículos movidos por seres humanos", disse a Sociedade. “Apesar das conveniências que os veículos autônomos proporcionam aos indivíduos, o público terá muito menos probabilidade de aceitar, ou mesmo tolerar, veículos autônomos se eles tiverem o mesmo nível de risco que a condução humana. Como sugerido por estudos anteriores, um indivíduo aumenta sua demanda por segurança quando essa segurança é confiada a um fator externo, como um veículo automatizado. ”

O estudo foi conduzido pela Universidade de Tianjin e Universidade de Chang'an e descobertas baseadas em 499 entrevistados de uma pesquisa distribuída na cidade de Tianjin.

Dos entrevistados, metade foi designada aleatoriamente para completar uma versão da pesquisa para veículos movidos por seres humanos, enquanto a outra metade completou uma versão de veículo autônomo.

As frequências de risco foram expressas como uma fatalidade por um determinado número de veículos-km percorridos e como uma fatalidade por um determinado número de população, respectivamente. Os respondentes foram solicitados a aceitar ou rejeitar cada cenário de risco de tráfego em um dos quatro níveis: nunca aceito, difícil de aceitar, fácil de aceitar e aceitar totalmente.

Os resultados foram quatro a cinco vezes mais seguros.

O risco fatal atual do tráfego global é estimado em 17,4 por 100.000, o que é 350 vezes maior do que a freqüência aceita por 50 por cento dos entrevistados por veículos autônomos, disse a Sociedade. Isso implica que os entrevistados esperam que os veículos autônomos melhorem a segurança em duas ordens de magnitude em relação ao risco de tráfego atual.

Com base nos resultados, os pesquisadores propõem os seguintes requisitos para veículos autônomos (SDVs) baseados na tolerância ao risco na segurança industrial - um conceito desenvolvido no campo da saúde e segurança - no qual os riscos são distinguidos por três critérios: inaceitável, tolerável e amplamente aceitável.

• Inaceitável: SDVs menos seguros que motoristas humanos
• Tolerável: SDVs quatro a cinco vezes mais seguros - capaz de reduzir 75-80% das mortes no trânsito atual
• Em geral aceitável: SDVs duas ordens de magnitude mais seguras do que o risco atual de tráfego global - 100 vezes a melhoria - ou a mesma ordem de grandeza experimentada no transporte público, como a aviação comercial e ferroviária

De acordo com a Sociedade, acredita-se que o erro humano cause 94% de todos os acidentes de trânsito nos EUA e 75% no Reino Unido. “Embora os veículos autônomos tenham o potencial de reduzir significativamente esses tipos de acidentes, eles também introduzem vários novos riscos na estrada, incluindo acidentes causados ​​por ataques cibernéticos. Criar veículos autônomos perfeitamente seguros é tecnologicamente e economicamente inviável, mas as políticas podem exigir que o risco de tê-las na estrada seja tão baixo quanto tecnicamente possível ”.

Os resultados são publicados no documento "Quão seguro é seguro o suficiente para veículos autônomos?‘, Publicado na revista Risk Analysis.